sexta-feira, 26 de agosto de 2011

I Congresso de Educação Física do Sul da Bahia




O Colegiado do curso de Licenciatura em Educação Física da UESC, juntamente com o Grupo de Pesquisa de Prática Pedagógica em Educação Física Escolar e Esporte – GPEFE/UESC e o Centro Acadêmico de Educação Física – CAEF/UESC, em parceria com a Secretaria de Educação do Estado da Bahia, a DIREC 6 (Ilhéus) e a DIREC 7 (Itabuna), realizarão, neste ano de 2011, o I Congresso de Educação Física do Sul da Bahia, II Seminário Regional de Discussão Curricular da Rede Estadual e III Semana de Educação Física da UESC.

Elucidando as práticas pedagógicas emergentes na Educação Física escolar, diante da discussão acerca das inovações pedagógicas, suas possibilidades, entraves e desafios, bem como, a finalidade de fomentar e ampliar a discussão referente à formação de uma diretriz curricular mínima para a Educação Física escolar, a presente temática possibilita focalizar a produção, a análise e a transformação de propostas pedagógicas as quais estão sendo (ou serão) realizadas pela e na Educação Física da Bahia.

Público-Alvo

Pesquisadores e estudantes em nível de graduação e pós-graduação, professores e profissionais da área educacional e correlatas.

Local

* Universidade Estadual de Santa Cruz/UESC – Auditório Paulo Souto

Datas Importantes

* 16 a 18 de novembro - Realização do evento
* 22 de agosto - Início das inscrições no evento e submissão de trabalhos
* 07 de outubro - Término da submissão de trabalhos
* 28 de outubro - Divulgação dos trabalhos aceitos, horário e local de apresentação
* 04 de novembro - Término das inscrições no evento

Para saber mais sobre o I CONEFS, fique atento aos links abaixo:

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Abertura dos trabalhos - "Debatendo a Educação".

Foi com o objetivo de criar um espaço destinado ao debate qualificado de diversos assuntos (educação, saúde, política, lazer e esporte, entre outros), que idealizamos esse espaço. O Reflexão Apurada será uma ferramenta de divulgação de textos de caráter científicos, visa fomentar a reflexão da dinâmica sociocultural em que vivemos para que seja viabilizado um posicionamento crítico sobre os desafios que estão postos no atual cenário de nossa sociedade.
Para iniciarmos esse processo, escolhemos por discutir a Educação. E nesse sentido, achamos por bem trazer uma contribuição de Rubem Alves um renomado pensador da área educacional que dispensa comentários.
Desde já aviso que o Reflexão Apurada estará aberto para quem quiser postar seus textos.
Abraços.

Tiago Pascoal - Gerenciador


É BRINCANDO QUE SE APRENDE

Rubem Alves

O professor Pardal gostava muito do Huguinho, do Zezinho e do Luizinho, e queria fazê-los felizes. Inventou, então, brinquedos que os fariam felizes sempre, brinquedos que davam certo sempre: uma pipa que voava sempre, um pião que rodava sempre e um taco de beisebol que acertava sempre na bola. Os três patinhos ficaram felicíssimos ao receber os presentes e se puseram logo a brincar com seus brinquedos que funcionavam sempre. Mas a alegria durou pouco. Veio logo o enfado. Porque não existe nada mais sem graça que um brinquedo que dá certo sempre. Brinquedo, prá ser brinquedo, tem de ser um desafio. Um brinquedo é um objeto que, olhando para mim, me diz: “Veja se você pode comigo!” O brinquedo me põe à prova. Testa as minhas habilidades. Qual é a graça de armar um quebra cabeças de 24 peças? Pode ser desafio para um criança de 3 anos, mas não para mim. Já um quebra-cabeças de 500 peças é um desafio. Eu quero juntar as suas peças! E, para isso, sou capaz de gastar meus olhos, meu tempo, minha inteligência, meu sono.

Qualquer coisa pode ser um brinquedo. Não é preciso que seja comprado em lojas Na verdade, muitos dos brinquedos que se vendem em lojas não são brinquedos precisamente por não oferecerem desafio algum. Que desafio existe numa boneca que fala quando se aperta a sua barriga? Que desafio existe num carrinho que anda ao se apertar um botão? Como os brinquedos do professor Pardal, eles logo perdem a graça. Mas um cabo de vassoura vira um brinquedo se ele faz um desafio: “Vamos, equilibre-me em sua testa!” Quando eu era menino eu e meus amigos fazíamos competições para saber quem era capaz de equilibrar um cabo de vassoura na testa por mais tempo. O mesmo acontece com uma corda no momento em que ela deixa de ser coisa para se amarrar e passa a ser coisa de se pular. Laranjas podem ser brinquedos? Meu pai era um mestre em descascar laranjas sem arrebentar a casca e sem ferir a laranja. Para o meu pai a laranja e o canivete eram brinquedos. Eu olhava para ele e tinha inveja. Assim, tratei de aprender. E ainda hoje, quando vou descascar uma laranja, ela vira brinquedo nas minhas mãos ao me desafiar: “Vamos ver se você é capaz de tirar a minha casca sem me ferir e sem deixar que ela arrebente...”

Para um alpinista o Aconcágua é um brinquedo: é um desafio a ser vencido. Mas um morrinho baixo não é brinquedo porque é muito fácil; não é desafio. Ao escalar o Aconcágua ele está medindo forças com a montanha ameaçadora! E pelo desafio dos picos os alpinistas arriscam as suas vidas, e muitos morrem. Parodiando o Riobaldo: “Brincar é muito perigoso...”

Há brinquedos que são desafios ao corpo, à sua força, habilidade, paciência. E há brinquedos que são desafios à inteligência. A inteligência gosta de brincar. Brincando ela salta e fica mais inteligente ainda. Brinquedo é tônico para a inteligência. Mas se ela tem de fazer coisas que não são desafio, ela fica preguiçosa e emburrecida. Todo conhecimento científico começa com um desafio: um enigma a ser decifrado! A natureza desafia: “Veja se você me decifra!” E aí os olhos e a inteligência do cientista se põem a trabalhar, para decifrar o enigma. Assim aconteceu com Kepler cuja inteligência brincava com o movimento dos planetas.. Assim aconteceu com Galileu que, ao observar a natureza, tinha a suspeita de que ela falava uma linguagem que ele não entendia. Pôs-se então a observar e a pensar ( ciência se faz com essas duas coisas, olho e cérebro! ) até que decifrar o enigma: a natureza fala a linguagem da matemática! E até hoje os cientistas continuam a brincar o mesmo brinquedo descoberto por Galileu. Aconteceu assim também com um monge chamado Mendel. No seu mosteiro havia uma horta onde cresciam ervilhas. Os outros monges, vendo as ervilhas, pensavam em sopa. Mas Mendel percebeu que elas escondiam um segredo. E ele tanto fez que acabou por descobrir o seu segredo que nos revelou o incrível mundo da genética. E não é esse mesmo jogo que faz a criança que está começando a aprender a ler? Ela olha para as palavras – ervilhas – e tenta decifrar a palavra que elas formam. Tudo é brinquedo!

Congressos de educação: a gente pensa logo em professores, psicólogos, “papers” científicos, filósofos... Estive em um, na Itália, diferente, onde havia muitas crianças. E havia uma oficina em que um “mestre” ensinava às crianças a arte de fazer brinquedos. Um deles era um par de pregos grandes, tortos, entrelaçados que, se a gente for inteligente, consegue separar. Gastei uns bons dez minutos lutando com os pregos, absorvido, inutilmente. De repente me perguntei: “Por que eu assim gastando o meu tempo com um par de pregos?” Eu lutava com os pregos pelo desafio. Eu queria provar que eu podia com eles... Repentinamente percebi que a primeira tarefa do professor é, à semelhança dos pregos, entortar a sua “disciplina” ( ô, palavra feia, imprópria para uma escola! ) e para transformá-la num brinquedo que desafie a inteligência do aluno.Pois não é isso que são a matemática, a física, a química, a biologia, a história, o português? Brinquedos, desafios à inteligência. Mas, para isso, é claro, é preciso que o professor saiba brincar e tenha uma cara de criança, ao ensinar. Porque cara feia não combina com brinquedo...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Blog em construção!

Em breve estaremos lançando o mais novo canal de veiculação do conhecimento.